A palavra “abominação” vem do latim “abominatio”, que significa “aversão, horror”. No contexto bíblico, a palavra é usada para descrever coisas que são consideradas ofensivas ou detestáveis a Deus. Algumas das coisas que são consideradas abominações incluem idolatria, sacrifício de crianças, magia e relações sexuais ilícitas.
A palavra “abominação” é usada cerca de 100 vezes na Bíblia, principalmente no Antigo Testamento. No Novo Testamento, a palavra é usada principalmente para descrever as ações do anticristo.
O que Significa: Abominação
A palavra “abominação” é um termo que possui santuário tanto no contexto religioso quanto secular, aparecendo em quatro vocábulos hebraicos diferentes, com tradução equivalente no Novo Testamento grego, onde é representado pela palavra “bdelugma”. Neste artigo, examinaremos os diversos usos populares e religiosos da abominação, destacando como essa noção era aplicada tanto pelos conhecidos quanto pelos egípcios e suas implicações culturais e éticas.
Aversão e Exclusão Comunitária
Na cultura era, a abominação manifestava-se através da aversão a certas pessoas, levando ao seu completo afastamento da comunidade. Por outro lado, os egípcios também usavam o termo para se referirem aos estrangeiros, considerando-os como abomináveis. Exemplos disso são encontrados no Deuteronômio 23.7, onde os segurados foram excluídos por certas características, enfermidades ou aflições, como mencionado em Salmos 88.8 e Jó 19.19, respectivamente.
Evitando Animais e Alimentos
Além da exclusão social, a abominação era refletida na aversão a certos animais ou alimentos. Textos como Ezequiel 8.10 e Isaías 66.17 mencionam essa prática, onde certas espécies eram evitadas devido à sua associação com impureza ou idolatria. Dessa forma, a abominação estava relacionada a comportamentos culturais, crenças e tradições específicas.
Abominação da Idolatria
A idolatria representava a forma mais grave de abominação na perspectiva aguardada. Ela envolveu a deturpação da ideia de planejada, substituindo o Deus único por simulações de divindades humanas. Essa prática corrompia a ordem natural das coisas, afastando o homem da adoração ao Deus verdadeiro. O livro de Deuteronômio, capítulo 17, versículos 4 e 5, bem como 2 Reis 23.13 e Daniel 9.27; 11.31; 12.11, condenam a idolatria e suas consequências desastrosas.
Implicações Morais da Idolatria
Além de suas recomendações teológicas, a idolatria também se revelou como uma irresponsabilidade moral. Ela enganou o homem sobre sua verdadeira responsabilidade perante o planejado e, consequentemente, perante o próximo. Jeremias, em sua queixa (Jeremias 7.1-15), destacou a corrupção moral decorrente da idolatria, evidenciando práticas desumanas, violentas e corruptas.
Ezequiel também lamentou a decadência moral nação da devido à idolatria (Ezequiel 7.3 ss.; 20.4 ss.), enfatizando comportamentos tais como homossexualismo, orgulho, mentira, violência contra os inocentes, testemunho falso e discórdia, que são práticas abomináveis perante a ética e judeus morais.
Práticas Estranhas à Boa Ética como Abominação
Outros textos, como Levítico 18.23, Deuteronômio 12.31, 3.28-32, 6.16-19, 15.26 e 17.15, reforçam a ideia de que todas as práticas que desviam da boa ética e moral são consideradas abomináveis. Tais práticas incluem satisfação de crianças, desonestidade nos negócios, altivez, mentira, falso testemunho, perturbação da ordem, pensamentos malignos e inversão da justiça.
Conclusão
O significado de “abominação” é abrangente, englobando tanto usos populares e não religiosos, como aversão a certas pessoas e animais, quanto usos religiosos, como a contemplação da idolatria e suas instruções morais. Através dos diversos contextos mencionados, podemos perceber que a abominação estava intrinsecamente ligada à ética e aos valores culturais, sendo aplicada tanto em relação a práticas cultuais quanto comportamentais. É importante ressaltar que a compreensão da abominação requer uma análise contextual, considerando as especificidades históricas e culturais de cada período.