A palavra “aborto” vem do latim “abortus”, que significa “queda, queda”. O termo é usado para descrever a interrupção da gravidez antes que o feto esteja viável, geralmente antes de 24 semanas de gestação.
O aborto é um tema controverso há séculos, com argumentos morais, éticos e religiosos em ambos os lados da questão. A Bíblia não aborda especificamente o aborto, mas há algumas passagens que podem ser interpretadas como tendo uma posição contra o aborto. Por exemplo, o livro de Êxodo 21:22-23 diz: “Se homens brigarem e ferirem uma mulher grávida e ela der à luz prematuramente, mas não houver dano grave, ele será obrigado a pagar o que o marido da mulher exigir, conforme o juiz determinar. Mas se houver dano grave, você exigirá vida por vida, olho por olho, dente por dente, mão por mão, pé por pé, queimação por queimação, ferimento por ferimento, contusão por contusão.”
Esta passagem tem sido interpretada de várias maneiras. Alguns acreditam que ela proíbe o aborto, enquanto outros acreditam que ela simplesmente proíbe o aborto que resulta em danos graves à mãe.
Finalmente, a decisão de fazer ou não um aborto é uma decisão pessoal que deve ser tomada entre uma mulher e seu médico. Não há resposta certa ou errada, e cada mulher deve pesar os prós e os contras do aborto antes de tomar uma decisão.
O que Significa: Aborto
O “Aborto” é definido como a perda ou expulsão do feto do ventre materno antes que ele tenha alcançado seu estado de viabilidade. Essa ocorrência pode ser espontânea ou deliberadamente induzida. O tema do aborto tem sido objeto de intenso debate ético e teológico, com posições diversas, especialmente no contexto cristão. Neste artigo, analisaremos o significado de “Aborto”, suas organizações éticas e teológicas, bem como os diferentes posicionamentos diante dessa questão controversa.
Visões Tradicionais e Cristãs sobre o Aborto
A visão tradicional e predominante no contexto cristão tem sido de forte resistência ao termo deliberado de uma gravidez, considerando-o como moralmente inaceitável. Desde os tempos antigos, teólogos como Tertuliano denunciaram o aborto como uma forma de assassinato, pois reconheciam o feto como uma vida humana, mesmo que ainda em estágio de desenvolvimento. Agostinho, por sua vez, ponderou sobre o “despontar da alma”, estabelecendo um ponto crítico em torno de 60 a 80 dias após a concepção. No entanto, essa perspectiva dualista perdeu a adesão ao longo do tempo.
Base Teológica Antiaborto
A principal base teológica para a posição protegida antiaborto é a crença de que cada ser humano é criado à imagem de Deus desde a concepção, como descrito em Gênesis 1:27. A retirada da vida é considerada prerrogativa divina, e o ser humano requer um mandato especial para encerrar a existência de outro ser humano. As Escrituras permitem a permissão para tirar a vida apenas em circunstâncias extremamente limitadas, como em resposta a atos injustos (como assassinato ou guerra). Nenhum feto, por sua vez, cometeu atos que justificam a aplicação de uma pena de morte. Portanto, o aborto é considerado moralmente errado.
Referências Bíblicas
A fundamentação bíblica para a conclusão antiaborto encontra-se em alusões do Antigo Testamento à vida antes do nascimento, como nos Salmos 139:13-17 e Jeremias 1:5, e no uso da palavra grega “brephos” no Novo Testamento para descrever tanto o feto quanto a criança, como em Lucas 1:41 e 2:12. Essas referências sugerem a continuidade da identidade e da pessoa desde o estágio embrionário.
Desafios e Perspectivas Alternativas
A posição rígida antiaborto tem sido desafiada em alguns aspectos. A Igreja Católica Romana permite o que é conhecido como “efeito duplo”, onde uma gravidez pode ser interrompida se um procedimento médico significa salvar a vida da gestante, como a quimioterapia para tratar o câncer, resultar na morte do feto. Além disso, alguns teólogos protestantes argumentam que o feto é mais um potencial de pessoa do que uma pessoa real em potencial, o que poderia ser considerado no debate sobre a possibilidade e reivindicação de vida do feto.
Ética Situacional
De maneira mais radical, alguns cristãos situacionistas argumentam que o amor deve guiar a decisão sobre o aborto em cada caso particular. A compaixão pela mulher ou pela criança não nascida pode levar à decisão de interromper a gravidez, especialmente em situações de risco à saúde da mãe ou quando há possibilidade de deformidades ou defeitos graves no feto. Essa perspectiva, embora enfatize a importância da compaixão, tem sido alvo de críticas por aqueles que preferem seguir a autoridade das Escrituras.
Conclusão
O “Aborto” é um tema complexo e controverso, que desencadeia debates éticos e teológicos. A posição tradicional no contexto cristão tem sido de forte resistência ao aborto deliberado, fundamentada na crença de que a vida humana é sagrada desde a concepção e que a retirada da vida é prerrogativa divina. Apesar dos desafios e perspectivas alternativas, a discussão continua, e o cuidado compassivo com as mulheres que enfrentam gravidezes indesejadas é uma responsabilidade que deve ser abordada de forma amorosa e prática. A busca por entendimento e discernimento nessa questão delicada é um convite à reflexão e ao respeito mútuo.