Muito antes de o terrível potencial da corrida armamentista ser reconhecido, havia uma aversão instintiva generalizada às armas nucleares e um forte desejo de se livrar delas. (Joseph Rotblat, físico polonês – 1908-2005)
As armas nucleares são uma das maiores ameaças à existência humana, capazes de causar uma destruição em massa em um curto espaço de tempo. Desde o seu desenvolvimento, houve uma aversão instintiva generalizada a essas armas e um forte desejo de se livrar delas. Essa aversão não é apenas moral, mas também baseada na compreensão de que as armas nucleares são uma ameaça existencial para a humanidade.
Um dos cientistas que expressou essa aversão foi Joseph Rotblat, um físico polonês que trabalhou no Projeto Manhattan, que desenvolveu a primeira bomba atômica durante a Segunda Guerra Mundial. Ele deixou o projeto em 1944, quando percebeu que a bomba seria usada como uma arma, e passou o resto de sua vida trabalhando para eliminar as armas nucleares.
Porque Essa Uma Aversão Instintiva às Armas?
Rotblat acreditava que a ciência e a tecnologia deveriam ser usadas para o bem-estar da humanidade, não para sua destruição. Ele se uniu a outros cientistas em um apelo ao governo dos Estados Unidos para que não usasse a bomba atômica contra o Japão em 1945. Depois da guerra, ele fundou a Campanha pela Desarmamento Nuclear e trabalhou para promover o desarmamento nuclear em todo o mundo.
Essa aversão às armas nucleares é compartilhada por muitos indivíduos e organizações em todo o mundo. O movimento antinuclear ganhou força na década de 1950, com a formação do Comitê de Emergência dos Cientistas Atômicos, que alertou sobre os perigos das armas nucleares e a necessidade de um controle rigoroso sobre sua proliferação.
Hoje, existem muitas organizações dedicadas à promoção do desarmamento nuclear, incluindo a Campanha Internacional para a Abolição das Armas Nucleares (ICAN), que recebeu o Prêmio Nobel da Paz em 2017 por seus esforços para banir as armas nucleares. Essas organizações promovem a conscientização pública sobre os perigos das armas nucleares, trabalham para pressionar os governos a adotar políticas de desarmamento nuclear e promovem o diálogo internacional para alcançar um mundo livre de armas nucleares.
Em resumo, a aversão às armas nucleares é uma atitude moral compartilhada por muitos indivíduos e organizações em todo o mundo. Essa aversão é baseada na compreensão de que as armas nucleares representam uma ameaça existencial para a humanidade e a ciência e a tecnologia devem ser usadas para o bem-estar da humanidade, não para sua destruição. O trabalho contínuo de organizações como a ICAN é essencial para promover o desarmamento nuclear e alcançar um mundo mais seguro e pacífico.