O que Significa: Abel

Abel é um nome hebraico que significa “respiração” ou “vazamento”. É mencionado pela primeira vez na Bíblia em Gênesis 4:1-8, onde é usado para se referir ao filho mais velho de Adão e Eva. Abel era um pastor de ovelhas, enquanto seu irmão Caim era um lavrador. Um dia, os dois irmãos ofereceram sacrifícios a Deus. Abel ofereceu um cordeiro de seus rebanhos, enquanto Caim ofereceu parte da safra de sua terra. Deus aceitou o sacrifício de Abel, mas rejeitou o sacrifício de Caim. Caim ficou muito zangado e matou Abel.

A história de Abel e Caim é uma história sobre a importância da e da obediência a Deus. Abel era um homem piedoso que amava a Deus e obedecia aos Seus mandamentos. Caim, por outro lado, era um homem egoísta que não amava a Deus e não obedecia aos Seus mandamentos. A história de Abel e Caim é um lembrete de que Deus sempre recompensa a fé e a obediência, mas que também punirá o pecado.

O que Significa: Abel – Explorando o Legado de um Justo Filho

Prezado leitor, amante de Deus e buscador de sabedoria, é com imenso prazer que nos adentramos na jornada de compreender o significado e a história de Abel, um nome que ecoa nas páginas sagradas da Bíblia, no Talmud e nas tradições judaicas. Permita-nos guiá-lo nessa jornada repleta de conhecimento, mergulhando nas origens, simbolismos e ensinamentos que essa figura bíblica nos legou.

1. A História da Família: A Escolha do Sacrifício

Abel, filho de Adão e Eva, foi agraciado com um nome que possui entendimento plural. Em sua essência, derivada de um termo hebraico que alude à “respiração”, entretanto, sua etimologia apresenta-se como um mistério, podendo também significar “vapor”, “fragilidade” e até mesmo “filho”. Curiosamente, a relação com o termo acadiano “aplu” e o sumeriano “ibila”, ambos significando “filho”, merecem destaque, lançando luz sobre a identidade e propósito de Abel.

Tendo sido inspirado na simpatia do Criador, Abel, diferentemente de seu irmão Caim, seguiu o caminho do pastor. Em seu saciar, optou por oferecer um animal, enquanto Caim trouxe os frutos da terra. Essa escolha despertou a benevolência divina, e Deus se agradou do saboroso de Abel, mas não do de Caim. A inveja surgiu no coração de Caim, e de acordo com o texto samaritano, ele manteve Abel para o campo, onde cometeu o fratricídio. Ainda que a versão hebraica omita o convite, o homicídio ficou registrado, deixando-nos uma reflexão sobre os perigos do ódio e da inveja.

2. A Tradição Judaica: A Fantasia e o Túmulo de Abel

Nos ensinamentos dos Pais da Igreja, a figura de Abel emerge como um poderoso símbolo, trazendo consigo significados profundos e espirituais. Dentre os Pais da Igreja, Crisóstomo exaltou Abel como um tipo do Cordeiro de Deus, injustiçado gravemente em virtude de sua inocência incontestável (Ad Stagir ii.5). Por sua vez, Agostinho enalteceu a condição de “peregrino” de Abel, uma vez que foi prematuramente ceifado antes de encontrar morada em qualquer cidade terrena, ansiando, assim, por uma cidade celeste onde pudesse habitar em justiça (De Civitate Dei, xv. UE). Ao comparar Abel e Caim, notamos contrastes impactantes. Caim, após cometer um ato perverso, fundou uma cidade terrena e habitou em meio à iniquidade, enquanto Abel, em sua inocência, simbolizou a peregrinação dos justos neste mundo, mostrando sua fidelidade a Deus mesmo diante da adversidade. As reflexões de Irineu também lançam luz sobre o testemunho de Abel. Ele marcou como Abel se tornou um testemunho vivo de que os justos podem sofrer nas mãos dos ímpios, mas suas virtudes são ampliadas através dessas provas (Contra Haeres. iii.23). Assim, Abel personifica a coragem e a força dos justos, cuja fé se fortalece perante as adversidades impostas pelos iníquos.

Abel: O Primeiro Mártir, Conhecido e Honrado por Jesus e na Igreja Primitiva

Nas palavras de Jesus, registradas em Mateus 23.35, Abel é reconhecido como o primeiro mártir, um título que teve continuidade na igreja primitiva. A referência feita por Jesus evidencia o caráter histórico de Abel, considerando-o uma figura real e significativa. A importância de Abel como mártir é ressaltada na tradição cristã primitiva, onde sua história e fé foram reverenciados como exemplos de fé e lealdade a Deus, mesmo em face da injustiça e da perseguição. Seu sangue derramado tornou-se um símbolo poderoso naquilo que os justos podem enfrentar por amor à sua fé e compromisso com o divino.

Conclusão

A figura de Abel, presente em diversos contextos históricos e religiosos, ressoa com profundos ensinamentos e simbolismos. Seu nome, com origem na palavra hebraica que remete à “respiração”, carrega significados plurais e intrincados. A escolha de seus desejos revela a importância da devoção e obediência a Deus, mesmo em meio a desafios e tentações.

Nos ensinamentos dos Pais da Igreja e na tradição judaica, Abel emerge como um símbolo de inocência, coragem e fé inabalável. Ele é visto como um tipo do Cordeiro de Deus, prefigurando o satisfatório de Cristo e despertando para a necessidade de redenção através do sangue.

Sua história de martírio e fé é um exemplo eterno de perseverança e dedicação a Deus, e sua memória continua a ser honrada e lembrada ao longo da história da igreja. Que a vida e a experiência de Abel ressoem em nossos corações, inspirando-nos a permanecer firmes em nossa fé e buscar a justiça e a retidão em nossa jornada espiritual.