O que significa: Aceitação – A Jornada da Recepção e Conexão Divina
Nos Portais da Aceitação
A palavra “aceitação” evoca a imagem do acolhimento amoroso, o ato sublime em que uma pessoa ou ação é aprovada e bem recebida por outra alma. Além disso, esse termo também encontra seu lar no universo da fé, quando indica a adesão a um conceito ou verdade por meio da crença inabalável. Nesse contexto, a teologia medieval delineou três facetas da fé: notitia (entendimento), assensus (assentimento) e fiducia (confiança). As duas primeiras representam o consentimento do indivíduo à verdade revelada, enquanto a terceira, a confiança inabalável, reflete a aceitação plena da revelação divina. Um ato de submissão à autoridade da igreja, impulsionado pela crença de que o revelador é o próprio Deus.
O Desafio da Aceitação: Relacionamento Direto ou Dogmas Corretos?
Entre as múltiplas vozes do pensamento religioso, surge o debate entre o relacionamento direto com Cristo, como defendido por Lutero, e a ênfase na “doutrina correta” propagada pelo fundamentalismo. Enquanto alguns buscam uma conexão íntima e direta com o Divino, outros encontram a certeza na aderência aos dogmas permaneceram. Nesse encontro de crenças, a aceitar desempenhando um papel crucial na busca pela verdade.
A Aceitação Divina e o Legado do Antigo Pacto
Nos tempos antigos, a aceitação divina encontrou sua simbolização nas práticas rituais e cerimoniais, bem como nas virtudes morais e éticas. À luz do Novo Testamento, alicerçamo-nos na obra redentora de Cristo, uma prova da graça divina. Contudo, essa aceitação transcende o mero assentimento intelectual, manifestação ativa em nossas vidas, ou se tornou vã. A verdadeira aceitação a Deus requer dedicação, renúncia e desejos, ecoando a aceitação exemplar do Filho pelo Pai.
A Ascendente Chama da Aceitação Mútua
Aquele que é aceito por Deus encontra significado em agir em harmonia com a lei do amor, tornando suas ações aceitas perante o Divino. Essa aceitação não é egoísta, pois se estende aos que se mostram deficientes em sua fé e prática religiosa. Neste eco compassivo, acolhemos a todos com um coração aberto, imitando o amor incondicional do Criador.
A Profundidade da Aceitação no Enigma Existencial
Os teólogos-filósofos, como Paul Tillich, articulam a “aceitação” como uma jornada automática, na qual buscamos incessantemente as essências do credo, a liberdade humana e a busca inefável pelo absoluto fugidio. Mesmo na dúvida, somos abraçados pela graça divina, e através dessa coragem, transcendemos o estado natural do homem, desprendendo-nos da desesperança e dúvida, rumo à união com o transcendente.
(BCE Z. Ver o NTI em Ef 1.6. Ver o artigo sobre o Existencialismo)
A Aceitação na Filosofia: Entre a Evidência e o Mistério
Na arena filosófica, a aceitação adquire diversas nuances. Na filosofia da ciência, ela é um delicado equilíbrio entre a evidência e o conflito, onde o confronto entre as certezas alcançadas e as tecnologias precisas cria um profundo conflito. A aceitação completa transcende os meios empíricos, abraçando o intuitivo, o racional e o místico. Nessa dança de ideias, muitos questionam a validade absoluta desses caminhos para o conhecimento.
Conclusão – Abraçando a Jornada da Aceitação
Ao contemplarmos a jornada da aceitação, encontramos a porta que se abre para uma conexão divina e para um conhecimento que transcende o meramente intelectual. Nossa busca por essências e verdades, marcada pela coragem de enfrentar o inefável, revela a luz em meio à escuridão da dúvida e da alienação. É uma busca constante, a qual somos aceitos pela graça divina, guiados por um propósito maior.
Com humildade e gratidão, mergulhamos na grandeza da aceitação – uma viagem que conecta nossa alma ao transcendente e nos permite acolher a todos com o amor e a compaixão divina.
Com profunda sabedoria.